Menor infrator, a verdade veio a tona.
Há 76 anos, Jorge Amado foi o responsável por registrar politicamente nas páginas de sua obra “Capitães da Areia” a situação precária em que se encontravam os menores abandonados na cidade de Salvador, Bahia, assim como a luta pela sobrevivência de tais meninos, vistos socialmente apenas como delinquentes.
O autor é capaz de descrever sucintamente as ações heroicas de cada integrante do grupo, assumindo um caráter humanitário e defendendo a ideia de que as crianças roubam porque precisam sobreviver, ou seja, o ato de roubar é uma consequência da sociedade capitalista em que tais crianças estão envolvidas.
Foi apenas com Jorge Amado que crianças de rua assumem um caráter heróico dentro da literatura, contrariando o preconceito da sociedade emergente da época. Eduardo de Assis Duarte, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pesquisador da obra de Jorge Amado, afirma “Pela primeira vez na literatura brasileira, o menor abandonado é o centro da história. Hoje ele é motivo de preocupação, mas há 73 anos era confundido com deliquente e a discriminação era grande”.
Para Duarte o romance “é um livro de um jovem (Jorge Amado), que acredita que os pobres vão salvar o País”. A narrativa apresenta um grande painel da miséria, que toma partido dos menores e mostra que eles são vítimas de um problema social: o abandono dos pobres no Brasil. “É uma violência muito maior do que a praticada pelo bando de garotos. É uma violência sistêmica. Não há violência maior do que o abandono. Só a morte”.
A questão do menor abandonado e a veracidade dos fatos retratados, assim como seu caráter político-social, fazem do romance uma obra atual. “Capitães da Areia” vai além de ser uma obra revolucionária, corresponde ao retrato político de um Brasil que está longe de ser alterado.
O autor é capaz de descrever sucintamente as ações heroicas de cada integrante do grupo, assumindo um caráter humanitário e defendendo a ideia de que as crianças roubam porque precisam sobreviver, ou seja, o ato de roubar é uma consequência da sociedade capitalista em que tais crianças estão envolvidas.
Foi apenas com Jorge Amado que crianças de rua assumem um caráter heróico dentro da literatura, contrariando o preconceito da sociedade emergente da época. Eduardo de Assis Duarte, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pesquisador da obra de Jorge Amado, afirma “Pela primeira vez na literatura brasileira, o menor abandonado é o centro da história. Hoje ele é motivo de preocupação, mas há 73 anos era confundido com deliquente e a discriminação era grande”.
Para Duarte o romance “é um livro de um jovem (Jorge Amado), que acredita que os pobres vão salvar o País”. A narrativa apresenta um grande painel da miséria, que toma partido dos menores e mostra que eles são vítimas de um problema social: o abandono dos pobres no Brasil. “É uma violência muito maior do que a praticada pelo bando de garotos. É uma violência sistêmica. Não há violência maior do que o abandono. Só a morte”.
A questão do menor abandonado e a veracidade dos fatos retratados, assim como seu caráter político-social, fazem do romance uma obra atual. “Capitães da Areia” vai além de ser uma obra revolucionária, corresponde ao retrato político de um Brasil que está longe de ser alterado.
Grupo : Luisa Sanchez, Beatriz Martins, Enzo Carnielli, Gabriela Valim e Rodrigo Meirelles.