Estilo...
Jorge Amado foi um engenhoso contador de histórias regionais. Definiu-se certa vez como “apenas um baiano romântico e sensual”, o que muito se compatibiliza com a sua linha de romancista voltado para os marginais pescadores e marinheiros de sua terra. A esses temas, vez ou outra, inseriu marcas políticas em suas obras.
Soube esboçar painéis facilmente comunicáveis que lhe conferiram êxito junto ao público. Ao leitor deu de tudo um pouco: “pieguice volúpia em vez de paixão, estereótipos em vez de trato orgânico dos conflitos sociais, pitoresco em vez de captação estética do meio, tipos ‘folclóricos’ em vez de pessoas, descuido formal a pretexto de oralidade...” (BOSI, 1994: 406)
Em sua obra podem-se distinguir basicamente:
Soube esboçar painéis facilmente comunicáveis que lhe conferiram êxito junto ao público. Ao leitor deu de tudo um pouco: “pieguice volúpia em vez de paixão, estereótipos em vez de trato orgânico dos conflitos sociais, pitoresco em vez de captação estética do meio, tipos ‘folclóricos’ em vez de pessoas, descuido formal a pretexto de oralidade...” (BOSI, 1994: 406)
Em sua obra podem-se distinguir basicamente:
- Um primeiro momento volta-se para a vida baiana, rural e citadina (Cacau, Suor) que lhe configuraram o “romance proletário”;
- Parte lírica, isto é, sentimental, em torno de rixas e amores marinhos (Jubiabá, Mar Morto, Capitães da Areia);
- Um grupo de escritos de fundo partidário (O Cavaleiro da Esperança, O Mundo da Paz);
- Temas em torno da região do cacau, que dão tom épico às lutas entre coronéis e exportadores (Terras do Sem-Fim, São Jorge dos Ilhéus);
- Mais recentemente, crônicas de costumes provincianos (Gabriela, Cravo e Canela, Dona Flor e Seus Dois Maridos).